No último dia 21, médicos se reuniram durante um café da manhã, em Salvador, para discutir medidas para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns estados do país, com exceção da Bahia, fizeram paralisação. Eles desejam chamar atenção das autoridades e da sociedade para as condições de trabalho nas unidades públicas de saúde.
A falta de infra-estrutura e os baixos salários que obrigam os profissionais a acumular dois ou mais empregos fazem com que a qualidade do atendimento desses postos seja prejudicada.
Em entrevista ao Portal IBahia, o coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Geraldo Guedes, afirma que a falta de estrutura do SUS é o principal responsável pelo alto número de partos tipo cesariana no país. Ao contrário do parto normal, que pode levar 12 horas e o médico deve acompanhar o procedimento, o parto tipo cesariana é o parto mais feito em todo o mundo, por ser mais rápido e permitir que o médico possa acompanhar diversas pacientes.
Outra reivindicação dos médicos é o estabelecimento do piso salarial de R$ 6.963 ,52 para 20 horas de trabalho, além de adoção de um plano de cargos e salários. Guedes aponta que hoje, há locais no Nordeste em que os salários dos médicos não passam de R$ 600 mensais.
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